Robson é o cérebro por trás da Base Flora e um verdadeiro entusiasta do mundo aquático. Sua jornada começou com o desejo de criar um ambiente saudável e vibrante para seus peixes e plantas.
Hoje, a Base Flora é uma das empresas nacionais referência em fertilizantes para aquários plantados, oferecendo produtos de alta qualidade e soluções personalizadas para cada aquário.
Nessa entrevista com perguntas do Tô Aquariando e dos nossos amigos/seguidores vamos conhecer um pouco sobre esse aquarista e empresário.
PERGUNTAS DO TÔ AQUARIANDO
1- Para conhecermos um pouco sobre o Robson, fale um pouco sobre você. Natural de onde? Atualmente reside em qual cidade? Qual sua profissão?
ROBSON: Sou casado, tenho 49 anos, sou natural de Barra Mansa/RJ, cidade onde resido atualmente.
Minha primeira paixão são minha esposa e minhas filhas. A segunda paixão (quase empatado), é o aquarismo. São 37 anos de dedicação e aprendizado dentro desse hobby.
Muitos pensam que sou biólogo ou químico, mas, minha profissão é de Analista de Sistemas. Mas, para quem achou que sou biólogo, estou estudando pra isso.
2- Bate pronto
- Time de futebol: Flamengo
- Uma banda: Guns N' Roses
- Uma música: Sweet Child O' Mine
- Um filme: Saga Star Wars
- Um livro: Game of Thrones
- Peixe favorito: Uaru
- Planta favorita: Nymphaea Lotus
3- Como e quando começou no aquarismo? Conte resumidamente sua trajetória.
ROBSON: Perto de completar 12 anos de idade, meu tio (e padrinho) me perguntou o que gostaria de ganhar e falei que era um aquário, mas, sem acreditar que ganharia.
Eis que, no dia do meu aniversário, chegou o aquário de 35 litros. E, daí por diante, entre erros e acertos (mais erros do que acertos), fui conhecendo esse mundo fascinante.
4- Quando você iniciou neste hobby, você tinha alguma noção ou adquiriu com o tempo?
ROBSON: Não tinha noção nenhuma. Naquela época não existia internet e não tinha acesso a material de estudo. Às vezes, achava uma revista falando de aquarismo na banca de jornal e ficava perguntando aos lojistas, que também não tinham muito conhecimento. Muita coisa aprendi errando. Quando tive meu primeiro contato com a internet, já era aquarista há 10 anos. Foi onde comecei a ter mais acesso a informação e entendendo melhor o que tinha aprendido na prática.
5- Atualmente mantém quais tipos de aquários?
ROBSON: Atualmente tenho:
- um laguinho de jardim de 90 litros, com alguns paulinhas.
- um aquário de 400 litros com ciclideos americanos.
- um aquário plantado de 100 litros, com pequenos tetras e camarões neocaridinas.
- um aquário marinho estilo reef de 24 litros, com um casal de palhaços e outros 3 peixes, além da equipe de limpeza e diversos corais.
- um aquário matinho, também, estilo reef, de 80 litros. Esse ainda não tem fauna, pois está no início da ciclagem.
PERGUNTAS DOS SEGUIDORES
Francisco, São Paulo/SP - @reefdogomes
1- Quando foi que percebeu a necessidade de criar produtos para aquarismo?
ROBSON: Atualmente, prefiro aquários menores. Mas, teve uma época que gostava de aquários grandes, porém, não tinha condições financeiras de arcar com todos os produtos necessários, principalmente, fertilizantes. Foi aí que tive a ideia de fazer meu próprio fertilizante, sem a pretensão de abrir uma empresa, pois era pra uso pessoal. Então, comecei a estudar a necessidade das plantas e conceitos de química. Quando fiz meu primeiro fertilizante, deu tão certo, que surgiu a ideia de abrir uma empresa, junto com meu amigo Alan Jhones. E, à partir do primeiro produto, fomos criando outros produtos e assim um foi impulsionando o outro.
2- E quando foi que falou deu certo a ideia?
ROBSON: Acabei respondendo acima, mas, completando a resposta anterior, vimos que deu certo, quando outros amigos começaram a usar os produtos e falarem que são tão bons, quanto os de marcas já renomadas. Esse foi o principal estímulo para dar andamento a esse sonho.
Bruno, Itapecerica da Serra - @momentoaquarismo
3- De onde surgiu a ideia de começar a Base Flora?
ROBSON: Tudo começou, quando comecei a ter dificuldades financeiras para manter o padrão do meu aquário. Foi aí que surgiu a ideia de criar os produtos e, posteriormente, de criar a Base Flora.
Erik Lima, Ribeirão Preto - @aquarismodidatico
4 -Robson a Base Flora pensa em investir mais em produtos para o plantado como substrato fértil?
ROBSON: Com relação ao substrato fértil, o projeto existe no papel, mas, ainda não temos a pretensão de dar andamento, pois demanda um investimento mais robusto e espaço físico. Mas, no momento oportuno, iremos tirar esse projeto do papel. Mas, nesse mês de Agosto/2024, fizemos o lançamento de um produto que atua na saúde dos peixes e temos mais 3 lançamentos programados para o fim do ano. E, em 2025, teremos mais novidades.
Lucas Henryque, João Pessoa/PB - @gral_aquarismo
5- Fala meu querido Robson, sabendo que a sua marca (na qual eu faço uso nos meus aquários e indico a todos) é uma referências hoje no mercado do aquarismo brasileiro, a pergunta é: quando iniciou e imaginou que tomaria essa proporção ou pensou em talvez ter pelo menos a marca conhecida? Sendo hoje é mais conhecida do que o peixe betta.
ROBSON: Gostei da comparação com o peixe Betta. Sinceramente, não esperava ter esse reconhecimento todo. Achava que, no máximo, venderia para uma loja ou outra e para algumas pessoas mais próximas. Porém, no início da pandemia, demos um salto muito grande nas vendas e a ficha demorou muito para cair. E, hoje, já temos uma outra percepção do mercado e estamos sempre em busca de conhecimentos e melhorias.
Kristiano Guedes, São Paulo/SP - @guedes_fish
6- Qual foi sua maior dificuldade neste ramo?
ROBSON: A maior dificuldade foi mostrar para as pessoas que os produtos nacionais, com custo acessível, podem ser tão bons quanto os já renomados. E não falo somente da Base Flora. Hoje, temos outras empresas nacionais que seguem essa mesma linha e isso é bom para o mercado e para os consumidores. Todos ganham com isso.
Guilherme, Conceição do Coité/BA - @aqua.netuno
7- Como surgiu a idéia de começar a Base Flora?
ROBSON: Pela falta de recursos financeiros. A necessidade financeira que abriu as portas para a criação dos primeiros produtos.
Sabe qual a principal vantagem disso tudo? Quando a patroa reclama que estou gastando com o aquário, já falo... "É presente da Base Flora". kkkkk
Vitor Leonardo, Rio de Janeiro/RJ - @aquaavileo
8- Meu filtro é um SUMP… posso usar o filtro UV dentro do SUMP?
ROBSON: A ideia era concentrar todos os equipamentos dentro do SUMP, poderia ser no mesmo compartimento das mídias?
A ideia do filtro UV é para esterilização da água, matando bactérias, fungos, parasitas e esporos de algas. Com base nessa informação, seria interessante colocar o filtro UV entre a filtragem mecânica e a biológica. Se você colocar o filtro UV, após as mídias ou no meio delas, fatalmente, irá matar as bactérias benéficas que se encontram ali e vai acabar tendo um efeito contrário do esperado. O ideal seria criar um sistema isolado para seu filtro UV, dessa forma, garantiria o máximo de eficiência.
Anderson Borges, Goiânia/GO - @orquideas_e_peixes
9- É verdade que o maior responsável pela manutenção da coloração das plantas é a luminária?
ROBSON: Sim. É verdade.
Antigamente, era falado que o vermelho das plantas era incentivado pela adição de ferro no aquário. Mas, depois de muitos estudos, foi descoberto que o vermelho é devido ao estresse da planta, diante da iluminação. Algumas plantas criam a pigmentação vermelha, para se proteger da alta luminosidade. Algumas plantas ficam vermelhas com mais facilidade, como a ludwigia mini red, e outras já dependem de uma iluminação de melhor qualidade, como algumas variantes da família das rotalas. Em resumo, a intensidade do vermelho da planta, está ligado a qualidade e a potência da sua iluminação. Claro, não podemos esquecer que é necessário injeção extra de CO2 e uma boa fertilização.
Eduardo Starling, Rio de Janeiro/RJ - @aquarismoparatodos
10- Qual fertilizante ou esquema de fertilização você indica para quem tá começando a ter um aquário com plantas, mesmo que de baixa exigência?
ROBSON: Quando o aquarista faz uma montagem somente com plantas bem lowtech, como anubias, microssoriuns, elodeas, rabos de raposa, por exemplo, indico somente o potássio. Quando há uma variedade maior de plantas, mesmo sendo lowtech, já indicaria, além do potássio, o NPK. Muitos me perguntam, sobre usar o potássio e o NPK juntos, já que o NPK já tem potássio. É que um leve excesso de potássio é excelente para as plantas, pois o potássio é o responsável por transportar os outros nutrientes por toda e extensão da planta, logo, se o potássio não for o suficiente, os demais nutrientes não serão aproveitados em sua totalidade. Outro fator que é importante mencionar, é que o potássio não é um incentivador de algas, o que encoraja a ter esse leve excesso. Agora, quando se tem plantas que exigem um pouco mais de atenção, o ideal é usar uma linha mais completa e com nutrientes separados (Nitrogênio, Fosfato, Potássio, Micro e Ferro).
Queria deixar uma informação sobre plantas lowtech e plantas hitech. Independente da espécie de planta que coloque no aquário, todas elas precisam dos mesmos elementos para sobrevivência que são eles: Nutrientes, Iluminação e CO2. A diferença, é que algumas plantas não precisam de muito e outras já precisam de uma quantidade maior desses elementos. Então, tendo em mente que todas as plantas, basicamente, precisam dos mesmos cuidados, sempre procure oferecer o melhor ambiente possível para que elas possam prosperar, mostrando toda a sua beleza.
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E assim encerramos mais uma entrevista incrível!
Obrigado Robson, por compartilhar conosco suas experiencias como aquarista e contar para nós um pouco da história da Base Flora.
E muito obrigado a todos que mandaram suas perguntas e a todos que nos acompanharam.
E aí, o que acharam?
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Este quadro de entrevista é um oferecimento:
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