Apesar do nome popular, a lagosta filtradora não é uma lagosta de fato, mas sim um camarão de água doce pertencente ao gênero Atya. Esses animais curiosos são encontrados em rios de correnteza forte e fundo rochoso, vivendo em ambientes bem oxigenados e limpos. Por sua beleza e comportamento peculiar, se tornaram bastante apreciados na aquariofilia.
Onde é encontrada
As lagostas filtradoras habitam rios tropicais da América do Sul e da África. No Brasil, duas espécies ocorrem naturalmente:
Atya gabonensis
Atya scabra
São animais importantes tanto para a alimentação de comunidades ribeirinhas quanto para o equilíbrio ecológico dos rios, já que participam da reciclagem de nutrientes ao filtrar partículas da água.
Características e Dimorfismo Sexual
A lagosta filtradora pode atingir entre 10 e 15 cm, dependendo da espécie. Possui um corpo robusto, coloração variável que vai do azulado ao marrom, podendo apresentar tons avermelhados ou acinzentados conforme o ambiente e a fase da vida.
Suas principais características são as quelas modificadas em forma de leque (pelos filtradores), que utiliza para capturar partículas suspensas na água.
Quanto ao dimorfismo sexual, não é muito evidente, mas fêmeas adultas costumam apresentar abdômen mais largo, para acomodar melhor os ovos. Machos geralmente são mais esguios e podem apresentar pernas dianteiras um pouco maiores.
Reprodução
A reprodução em aquário é considerada muito difícil. Após a desova, as fêmeas carregam os ovos sob o abdômen até a eclosão. Entretanto, as larvas passam por uma fase plânctonica e necessitam de água salobra ou marinha para se desenvolver, o que inviabiliza a criação em cativeiro. Por esse motivo, praticamente todos os exemplares disponíveis no hobby são coletados na natureza.
Tamanho de aquário ideal
Por serem animais que atingem tamanho considerável, o recomendado é um aquário de no mínimo 100 litros para manter um ou mais indivíduos. Além disso, precisam de:
Água bem oxigenada e correnteza moderada a forte, simulando seu habitat natural.
Filtragem eficiente, já que se alimentam de partículas suspensas.
Locais para se esconder, pois são animais de hábitos noturnos.
Comportamento e companheiros de aquário
A lagosta filtradora é um animal pacífico e pode ser mantida em aquários comunitários. Entretanto, é importante escolher bem os companheiros de tanque:
Compatíveis: pequenos peixes pacíficos (tetras, rasboras, coridoras, otocinclos), outros camarões de água doce.
Evitar: peixes predadores, ciclídeos agressivos e peixes de médio a grande porte que possam mordiscar suas quelas.
São animais filtradores, ou seja, se alimentam de micro-organismos, restos de ração em pó e detritos suspensos na coluna d’água. Em aquário, podem ser suplementados com ração em pó, spirulina moída e alimentos específicos para camarões.
Ficha Técnica
Nome popular: Lagosta filtradora, camarão vampiro, curuca
Nome científico: Atya gabonensis, Atya scabra
Origem: América do Sul e África
Tamanho adulto: 10 a 15 cm
Expectativa de vida: 5 a 6 anos em boas condições
Temperatura da água: 24°C a 28°C
pH: 6,5 – 7,5
Dureza: 4 – 12 dGH
Comportamento: Pacífico, noturno
Dimorfismo: Fêmeas com abdômen mais largo; machos mais esguios
Reprodução: Não ocorre em água doce; larvas exigem água salobra/marinha
Aquário ideal: ≥ 100 litros, bem oxigenado e com correnteza
Alimentação: Filtrador; micropartículas, rações em pó, spirulina
Compatibilidade: Peixes pequenos e pacíficos; evitar predadores
FONTES:
Mr. Betta Aquarismo - Tudo sobre lagosta filtradora
Peixes e Aquarismo - Lagosta filtradora (Atya gabonensis) – Tudo sobre a espécie